Força Suprema "A união realmente fez a Força (c/vídeo)"
Das mixtapes vendidas de mão em mão ao contrato com a Sony, os
Força Suprema são o maior caso de sucesso do movimento em Portugal e
nos PALOP, quer pelo número de trabalhos tirados quer pelas notas
acumuladas nas contas bancárias. Vivem de e para a música.
Na garagem ostentam Benz e na boca ouro. Porquê? Porque podem. Dormem
e acordam com música e dela tiram proveito como ninguém. Hoje, vamos
falar do trabalho que todos esperavam e que é o resultado de uma luta
diária: A União Fez a Força, o primeiro álbum de originais do colectivo.
A BANTUMEN foi convidada para uma audio session na
casa/estúdio, na Linha de Sintra. Ouvimos o álbum e acreditem, não
perdem pela demora. Rap puro e duro que respeita os padrões do boom bap,
mas com um trap pelo meio. Nas barras não há novidades, a diferença
pauta pela maturidade que impõem no seu trabalho. “Agora somos senhores
de 30 anos. Senhores com família e uma longa história naquilo que é o
hip hop nacional e PALOP. Falamos da crise actual, da família, da
situação de termos um bocadinho de mais popularidade que no passado.
Pessoalmente, este é o melhor trabalho em que já participei”, disse Don
G.
Este álbum não é apenas a Força Suprema, é o Edson, o Osvaldo, o
Terêncio e o Valter. Vamos ouvir e sentir a personalidade de cada um
deles, sem sobreposições e cada um com o seu flow próprio.
Ao longo do trabalho temos a narração de dona Júlia, mãe de Don G,
que nos vai explicando quem eram os “putos reguilas” que só faziam
barulho e usavam roupa larga. “Eram bons miúdos”, acreditaram e
trabalharam para chegar onde chegaram.
A União fez a Força é uma história que nos leva à base da Força Suprema numa mistura entre o passado e o presente.
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