“Liberdade já” para jovens presos em Angola levanta reunião magna bloquista
Uma intervenção pedindo liberdade para os presos políticos em Angola
levantou hoje a quase totalidade delegados presentes no arranque do
segundo dia da X Convenção do Bloco de Esquerda (BE), em Lisboa.
O tema foi trazido à reunião magna bloquista por Jorge Silva,
ativista pelos direitos dos imigrantes e representante do Bloco
Democrático de Angola em Portugal.
No final da sua intervenção, de cerca de quatro minutos, os presentes
no pavilhão do Casal Vistoso levantaram-se e gritaram: "Liberdade já".
O delegado referia-se ao caso dos 17 jovens ativistas presos em
Luanda (capital angolana) desde junho de 2015 e entretanto condenados
até oito anos e meio de prisão por atos preparatórios para uma rebelião e
associação de malfeitores, penas que começaram a cumprir em março desde
ano, apesar dos recursos da defesa.
Pouco depois, o antifascista Camilo Mortágua falaria e, declarando
ser "talvez o delegado mais velho" nos trabalhos, deixou um recado
interno e outro externo.
O Bloco, disse o pai das deputadas Mariana Mortágua e Joana Mortágua,
deve reforçar a sua "cooperação" interna, e no que refere à
"geringonça", Camilo Mortágua foi claro: "A geringonça é uma coisa que
necessita de paixão, dedicação, empenho. É uma máquina pouco sólida e
que precisa de paixão".
“A geringonça precisa de dedicação, a máquina alemã só precisa de submissão”, desafiou.
O segundo e último dia da convenção do Bloco termina hoje com uma intervenção da porta-voz do partido, Catarina Martins.
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